sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Pequenas Eternidades



Não sei se gosto da maneira como as coisas estão organizadas. Não sei se ser poeta é questionar ou responder, se é demonstrar-se descontente ou agraciado pela vida. Não sei se o dom do poeta é sentir ou expressar-se com palavras. Não sei se é necessário enxergar além do que nós é permitido. Não sei se tenho a quantidade suficiente de percepção para continuar neste rumo. Só sei que, mesmo sendo meio perdida nas palavras, quando escrevo os minutos parecem pequenas eternidades, o mundo se abre para mim como uma flor se abre para a primavera. E as palavras se derramam em minha mente, tão belas, que não tenho outra escolha a não ser escrever.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Andar nus



O mundo não gira ao nosso redor. A vida não liga se estamos indo bem ou se estamos prestes a morrer. Ninguém da a mínima para o que fazemos ou deixamos de fazer. Se morrermos, nada vai mudar. Não importa o quanto achamos que somos importantes para alguém. Isso não faz a mínima diferença. E é uma coisa maravilhosa! Nós achamos que todos estão ligando para o que fazemos, mas essa é uma grande tolice! Ninguém se importa! E se ninguém liga para o que fazemos ou deixamos de fazer, então o mundo é nosso para fazermos dele o que quisermos. Se tivermos vontade de andar nus com o intuito de nos sentirmos mais livres, é isso que devemos fazer, pois ninguém vai se importar, não fará a mínima diferença. Ser livre é poder pensar o que quisermos independentemente do que a sociedade nos impõe, é agir da maneira que nos agrada, é poder tocar em tudo o que tivermos vontade, é fazer de nós, somente de nós mesmos, tudo aquilo que nossos desejos mais ocultos nos cedem. Apenas sentindo tudo o que há para sentir, física e psicologicamente, é que descobriremos nós mesmos, descobrindo o mundo.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Oceano


Com toda a sua grandeza, ele esbanja sobre nós uma onda de coragem, que nos faz sentir vivos e capazes de conquistar o mundo. Majestoso, nos faz querer abraçar a vida, e a nos aventurarmos a viver, a descobrir e superar nossos medos. A sermos o que quisermos ser, e a enxergar o mundo como um campo de acasos cuja fronteira é inexistente e cabe a nós dar uma direção a ele. Tudo o que temos de fazer é nos imaginar em cima de uma grande rocha no meio dele, com o vento a nos encorajar, saltar de cabeça e nadar até onde os nossos braços e pernas aguentarem.


Parar, sentir e encontrar




Há tantas coisas diferentes pra sentir, que no final acabamos não sentindo nada. A nossa vida é tão cheia de compromissos e preocupações, as horas passam voando, não se vê o pôr-do-sol, não se sente a brisa que dá fim na tarde e trás a noite. Não há mais tempo pra parar tudo e chorar por todos os motivos do mundo, quaisquer que sejam eles. Não há mais tempo pra rir de todas as maiores bobagens. Colocamos a nossa vida no piloto automático e acabamos não sentindo nem os movimentos do nosso próprio corpo, nem nossas mãos tocando nos objetos, não sentimos nossos pés e pernas ao caminhar, não sentimos nossa face ao ser tocada. Não sentimos mais a claridade invadir aos poucos os nossos olhos quando acordamos. Não se sentem os cabelos a voar, nem se dá tempo para os pensamentos se concretizarem. Por isso a confusão, a falta de uma escolha decisiva. O que se precisa é parar, fechar os olhos e ouvidos para o mundo e trancar-se no íntimo, esquecer de tudo e deixar-se sentir o que tem para sentir. Se tiver de chorar, chore. Se tiver de rir, ria. Se tiver de enlouquecer, enlouqueça. Mergulhe na caverna mais profunda de sua mente, e só após isso, você poderá saber o que é e o que quer.

Permita-se


Chega uma hora em que você é obrigado a perder a vergonha de ser e pensar como si próprio, e sente certa necessidade de expor sua alma ao mundo.


Sabe aquelas coisas que você pensa ou sente e que não tem coragem nem vontade de dizer a ninguém, ou por achar que não será compreendido corretamente, achar em seu intimo que é estupidez, ou uma simples insensatez adolescente ou coisa que o valha?! Então, pretendo postar aqui, de forma livre de clichês, toda essa minha insensatez que, espero eu, não seja levada em consideração. Tem tempo que eu quero criar um espaço pra colocar este pequeno desvario, mas me fizeram acreditar que eles eram inverdades. Ok, eu admito que às vezes possa parecer meio dramático, mas não é por isso que são artificiosos. Obviamente são devaneios que eu não gostaria que fossem lidos, mas alguns deles acredito que tenham algum merecimento a serem lembrados. Todavia, para que não caiam no esquecimento, eu postarei aqui certas fantasias e delírios de uma garota que está, aos poucas, permitindo à sua mente fluir. E garanto-lhe que meus desejos são sinceros.

domingo, 20 de março de 2011

Anos Dourados!


Ah os Anos Dourados foram uma década maravilhosa. Foi quando a tecnologia começava a dar seus passos mais importantes, o Sputnik 1 foi lançado, a vacina de poliomelite e o primeiro transplante de órgão foram feitos. O Brasil conquistou seu primeiro título da Copa do Mundo de Futebol. Surgiu o Rock'n'Roll baby ;D Houve a primeira Bienal de Artes de São Paulo. J.D. Salinger lança seu primeiro romance “O Apanhador no Campo de Centeio” (que é excelente!), Marlon Brando ficou famoso pelo "Um Bonde Chamado Desejo". Surge Marilyn Monroe, e a Chanel reabre sua loja master em Paris. Houve a corfirmação da bomba de hidrogênio na União Soviética. Carmem Miranda falece e Juscelino Kubitschek foi eleito Presidente da República. Estreia “Juventude Transviada” com James Dean. Martin Luther King foi considerado culpado dos boicotes ao serviço de ônibus de Montgomery. Elvis Presley bateu recorde de audiência em sua apresentação na TV e o prefeito de São Paulo, Jânio Quadros, proíbe o rock and roll nos bailes. Para a nossa felicidade eterna a Bossa Nova foi criada. Pelé estréiou na seleção brasileira com 16 anos e marca o único gol na derrota para a Argentina. João Gilberto lança seu primeiro LP “Chega de saudade”. 
Tudo isso sem contar no respeito que era muito maior, na descência e no caráter, no amor e até mesmo nos ares que eram diferentes. E tudo o que sobrou foram lembranças e sonhos de um tempo divino que não volta mais. Aaaaah mas como eu daria TUDO para ter estado lá !  *o*